*Professora Jaqueline


Nos dias atuais, as famílias e os educadores enfrentam o grande desafio de conciliar educação e tecnologia na vida de crianças e adolescentes
O avanço constante da era digital trouxe grande facilidade de busca de informações, fazendo assim com que muitos pudessem aprimorar seus conhecimentos onde quer que estejam. Por outro lado, as famosas redes sociais, jogos interativos e demais atrativos, vêm consumindo a oportunidade de crescimento de muitas crianças, jovens e, até mesmo adultos. 



Como em um “mundo encantado”, ao mergulharem nesta magia, muitos acabam não vendo o tempo passar. Não estudam mais, não se alimentam adequadamente e, principalmente, o diálogo que já é algo que muitas vezes é um grande desafio para todos nós, no quotidiano familiar, torna-se ainda mais difícil. Frequentemente, podemos ver grupos de pessoas que se encontram para “confraternizarem”, cada um “em seu mundo” fazendo uso de celulares, tablets, notebooks, entre outros, que nitidamente roubam totalmente a cena. Um momento que seria para descontração e alegria, dá lugar um longo e sombrio silêncio...

Aí vem o grande desafio: Alguns pais, muitas vezes não se policiam e acabam não observando que estão “perdendo” seus filhos para o mundo digital. A disciplina sempre foi, e ainda continua sendo, o meio pelo qual, podemos dosar as várias atividades que precisamos desenvolver com nossos filhos, para que os mesmos possam atingir seus objetivos em cada faixa etária, sem deixar de aproveitá-las.

Onde mora o perigo? 

O ideal é que a família sempre faça certo controle da quantidade de tempo que o estudante fica online. Deve-se observar se ele está utilizando a internet para pesquisas e estudos, ou apenas como entretenimento. 

É muito importante que os pais sempre conversem com os professores de seus filhos para saber como está seu comportamento na escola.

Se de repente, começa-se a observar que a criança, jovem ou adolescente está vivendo muito isolado, não conversa e quer ficar o tempo todo ligado ao celular ou a outro aparelho eletrônico; apresenta dificuldade de concentração na escola, ou na própria família; está tendo baixo desempenho acadêmico, não só em notas, mas também no interesse e na participação em sala de aula; demonstra desinteresse total por livros e leituras impressas, como jornais e revistas, está na hora de começarmos a dosar o tempo que esta criança, fica em atividades ligadas à internet.

É importantíssimo salientar ao educando que, as redes sociais, os jogos e outras atividades que eles tanto gostam, são bastante positivas e trazem diversão, porém, desde que não consumam a totalidade de suas horas de descanso e que não atrapalhem seus estudos e sua convivência com familiares e amigos. Essa reflexão deve ser constante, pois eles mesmos devem desenvolver o pensamento de que tudo nesta vida, usado em excesso, torna-se um triste veneno.

*Jaqueline Aparecida dos Santos Cristóvão - ex-secretária de Educação de Luziânia, Vereadora, Graduada em pedagogia/gestão escolar e pós graduada em psicopedagogia.